Pertencente à segunda geração do romantismo, o livro é escrito em terceira pessoa e o narrador é onisciente. Seu espaço pode ser dividido de duas maneiras: o macro espaço, que é o interior de Minas Gerais e o micro espaço, que se subdivide em espaços abertos e fechados. Os fechados são a casa paterna, o seminário e, incidentemente, a casa de Umbelina. Os abertos são os campos às luzes da manhã, às sombras da tarde e na escuridão noturna. Já o espaço externo é meados do século XIX. Percebe-se o tema da religião extremamente presente na obra, visto sempre como crença e devoção. Além de características próprias do romantismo, como a subjetividade (ênfase nos sentimentos de Eugênio) e o ilogismo (Eugênio sofre oscilações de humor dependendo do espaço em que se encontra). Por ser uma obra regionalista, mostra muitos aspectos da cor local: costumes (mutirão, quatragem e crença na mula-sem-cabeça), paisagens (tem-se a natureza como forma de afirmação nacional) e fatos do interior de Minas Gerais. Além de tratar de assuntos como o amor, tendo uma dupla concepção sobre Margarida, ora vista como um anjo e símbolo da perfeição, ora vista como demônio, como alguém que o está desvirtuando do caminho do sacerdócio.
as vezes penso que o seminarista se encaixaria melhor no realismo, q caracteristica pode me mostrar claramente que ele deve estar no romantismo?
ResponderExcluirnão sei mais ao fazer o comentário o mundo terá uma evolução do estado estatuário e vida de gerações de amigos missionários que possa exibir-se de uma forma direcional melhorada.
ExcluirExaltação da natureza, muito sentimentalismo, subjetividade, os sonhos e o castigo que recebe Margarida (a morte) e Eugênio (a loucura) por contrariarem as condutas de um padre.
ResponderExcluiré notavel a linguagem simples do autor que mais se assemelha a um contador de casos...
ResponderExcluirtrecho magnífico que expressa o amor à natureza:
ResponderExcluir“De repente Margarida, dando uma volta pelo jardim, apanhou duas flores e correu a apresentá-las a Eugênio.
-Aqui estão duas flores, disse ela, um cravo e uma rosa. O cravo é você e a rosa sou eu. Fique com a rosa, que eu guardarei o meu cravo. Aquele que deitar fora a sua flor, è porque não sabe querer bem.”
é perceptível também a citação de várias passagens bíblicas na obra
ResponderExcluir"À medida que a menina ia crescendo, a senhora Antunes como boa
ResponderExcluirmadrinha que era, ia-lhe ensinando o que a sua tenra idade
comportava, e desde e os cinco anos lhe pôs nas mãos a agulha e o
dedal."
- COSTUMES DA ÉPOCA
"A encantadora
ResponderExcluirmenina cada vez mais louçã e risonha, cada vez mais tentadora,
estava sempre a lhe aparecer em sonhos, como um anjo de luz
procurando à porfia desvanecer e afugentar as sombras tristonhas
que os escrúpulos de uma consciência fanatizada começavam a
acumular no espírito do adolescente."
- SONHOS
ÓTIMO! GOSTEI MUITO...
ResponderExcluirMUITO BOM.
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