segunda-feira, 30 de maio de 2011

Composição e breve análise do romance

Pertencente à segunda geração do romantismo, o livro é escrito em terceira pessoa e o narrador é onisciente. Seu espaço pode ser dividido de duas maneiras: o macro espaço, que é o interior de Minas Gerais e o micro espaço, que se subdivide em espaços abertos e fechados. Os fechados são a casa paterna, o seminário e, incidentemente, a casa de Umbelina. Os abertos são os campos às luzes da manhã, às sombras da tarde e na escuridão noturna. Já o espaço externo é meados do século XIX. Percebe-se o tema da religião extremamente presente na obra, visto sempre como crença e devoção. Além de características próprias do romantismo, como a subjetividade (ênfase nos sentimentos de Eugênio) e o ilogismo (Eugênio sofre oscilações de humor dependendo do espaço em que se encontra). Por ser uma obra regionalista, mostra muitos aspectos da cor local: costumes (mutirão, quatragem e crença na mula-sem-cabeça), paisagens (tem-se a natureza como forma de afirmação nacional) e fatos do interior de Minas Gerais.  Além de tratar de assuntos como o amor, tendo uma dupla concepção sobre Margarida, ora vista como um anjo e símbolo da perfeição, ora vista como demônio, como alguém que o está desvirtuando do caminho do sacerdócio.

10 comentários:

  1. as vezes penso que o seminarista se encaixaria melhor no realismo, q caracteristica pode me mostrar claramente que ele deve estar no romantismo?

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    1. não sei mais ao fazer o comentário o mundo terá uma evolução do estado estatuário e vida de gerações de amigos missionários que possa exibir-se de uma forma direcional melhorada.

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  2. Exaltação da natureza, muito sentimentalismo, subjetividade, os sonhos e o castigo que recebe Margarida (a morte) e Eugênio (a loucura) por contrariarem as condutas de um padre.

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  3. é notavel a linguagem simples do autor que mais se assemelha a um contador de casos...

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  4. trecho magnífico que expressa o amor à natureza:
    “De repente Margarida, dando uma volta pelo jardim, apanhou duas flores e correu a apresentá-las a Eugênio.
    -Aqui estão duas flores, disse ela, um cravo e uma rosa. O cravo é você e a rosa sou eu. Fique com a rosa, que eu guardarei o meu cravo. Aquele que deitar fora a sua flor, è porque não sabe querer bem.”

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  5. é perceptível também a citação de várias passagens bíblicas na obra

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  6. "À medida que a menina ia crescendo, a senhora Antunes como boa
    madrinha que era, ia-lhe ensinando o que a sua tenra idade
    comportava, e desde e os cinco anos lhe pôs nas mãos a agulha e o
    dedal."
    - COSTUMES DA ÉPOCA

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  7. "A encantadora
    menina cada vez mais louçã e risonha, cada vez mais tentadora,
    estava sempre a lhe aparecer em sonhos, como um anjo de luz
    procurando à porfia desvanecer e afugentar as sombras tristonhas
    que os escrúpulos de uma consciência fanatizada começavam a
    acumular no espírito do adolescente."
    - SONHOS

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